5/02/2008

Chalé

Olho o copo e o canudo
suga meus pensamentos.
No cigarro reencontro o perdido,
no universo, encontro o Lelo.
O Juliard desconfia do inexistente.
E a barbárie deixo para o Rafa.
Com os olhos dizem Mara,
em meu peito só carcaça.
O Chalé é assim, abriga sentimentos,
constrói momentos e reaviva o indecifrável.
Mas como fugir do óbvio?
Sugando no copo os mosaicos
de um peito em pedaços
que forja o profundo de um lago,
que me afundo em minhas próprias esperanças
carentes de mudanças,
de uma vida sem sentido,
mas com percepção envolvidas
em uma alma sem varão,
apenas perspectivas de canções.
E o copo continua lá,
insistente, presente e carente de uma boca
que segue meu peito, minha alma
minha Maravilhosa existência.