Recuo entre a cama e a parede
Encolho-me até quase desaparecer
Tento me unir ao concreto e padecer
Ao meu lado imagino-te trespassada em uma rede
Vejo teus olhos, teu sorriso maroto
Descansas nua em teu esplendor de menina
Acaricio seus cabelos, sua pele, sinto sua temperatura
Imagino quem tus és, do que gosta
Do que poderás gostar em mim
Imagino fazendo e aprendendo contigo a viver
Viver juntos, lado a lado nesta mesma cama
Que és apenas uma ausência prematura
Ausência de algo que não existiu
Ausência da imaginação de um garoto
Onde moras? Com quem vives? Como vive? Porque vive?
E no movimento perene, a cama ainda continua aqui
O espaço que quero seu
Ao meu lado sussurrando olhares
Em meus braços acariciando palavras
Em meu sexo movimentando prazeres
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