4/27/2008

Tá, pode ser Cazuza

“tá pode ser”, quando ela me disse tais palavras, foi como nada fizesse sentido aquele momento, porém após alguns segundos de reflexão pude perceber que aquele "tá pode ser" significavam não apenas uma vontade, mas algo que refletia sua personalidade. A personalidade que um dia fugiu entre seus sonhos e desejos, que atordoaram seu sono e invadiram sua substância, contaminando meus pensamentos exacerbando minhas percepções...
Mas quando me deparo com isso nego, nego, pois há um não querer que também me invade. Não quero o não querer, pois é um querer simples, assim como “ta pode ser”. Mas o que fazer, quando não se trata de vontade, mas de personalidade? Embora não o deseje, ele me invade, mas me questiono: Porque deixo-me invadir? Se afirmo o desejo simples, uma personalidade, e esta sim me furta, me invade e me deixa... Me deixa sem saber quem sou, para que estou, e para onde vou. Perguntas longas para uma vida curta. E o que é resta:

Cazuza.

Quando volto a perceber, sinto que a música parou. Todos estão olhando para os lados, procurando a noite infinita de suas almas. Mas basta! Deixa a lua imensa me levar, assim nos presságios das minhas reflexões ficarão a marca da música que parou, alguém que questionou a finitude de seus laços. E que encontrou a negação de uma simples afirmação e voltou ao ponto de sua exarcebação. Na aliteração percebo-me, nas palavras me vejo, ja que os tatos distantes estão. Assim como minhas palavras que distantes de meus pensamentos deixam marcas, que se transformam em poesias que viajam pelo tempo, mas que um dia perderam seus rumos. Como estou, sem direções... Mas que ao toque de leves lembranças traz-me as inspirações... As palavras e novamente, desejos, vontades, suspiros e Cazuza.
Conto/poesia escrito junto a Xuxu pelo Msn no dia 25/04/2008.

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